Game Pause: Conteúdo de Mario Kart 8 mostra potencial infindável para a série

Então, podemos afirmar que a Nintendo pegou todo mundo de calças curtas com o anúncio recente de um pacote de DLC para Mario Kart 8, com tais extras trazendo novas franquias para o mundo de Mario Kart e, ainda mais importante, servindo como uma significante dose de conteúdo. Assim que for lançado cada pacote, o número de pistas irá dobrar, enquanto que seis personagens e oito veículos deixarão o game com a maior variedade de toda a série.

Vários tópicos surgiram com isso, mas iremos começar pelo exemplo mais óbvio. Mario Kart 8 está pisando fora do universo do Mario para incorporar outras franquias, que é algo inédito na série — com exceção dos arcades da Bandai Namco. The Legend of Zelda, F-Zero e Animal Crossing darão as caras de várias maneiras, através de veículos e até mesmo novas pistas, o que aumenta em muito as animadoras possibilidades. É um conceito que já vimos por aí, fazendo com que surja a expectativa de mais personagens diferentes serem trazidos para essa icônica franquia de corrida. MK8 é excepcional como um pontapé inicial, por causa do desenho das pistas e funções, como a anti-gravidade, e a ideia de uma pista inspirada pela série Zelda, tão cheia de fantasia. Para alguns — não todos — isso é uma espécie de Fairy Fountain no meio do castelo do Ganon.

Mas podemos também dizer que o contra disso é que esse DLC está diluindo a marca, abrindo lacunas ao sempre em expansão lote de pistas que distorcem o pacote geral. É um ponto de vista justo, porque para iniciantes, o pacote de DLC das Mercedes chegando junto com a atualização do jogo hoje, e imaginando esses carros do mundo real correndo em pistas como as do jogo, não são nada comuns, mesmo estando bem encaixadas para veteranos que só querem mais opções. Isso é mais sobre falar de Mario Kart como se fosse em Smash Bros., mesmo não sendo tão extremo em diversidade; se isso anima ou preocupa, é apenas preferência individual, apesar de o conceito sem dúvida dar um novo prisma de criatividade e ideias divertidas para as equipes de desenvolvimento da Nintendo.

É uma jogada esperta da Nintendo, não tenha dúvidas, e um dos anúncios mais surpreendentes dos tempos recentes — já somando a isso a tendência de aumentar as tentativas de novas ideias. Assim como na tipicidade do roster de Smash Bros., isso abre uma porta para inúmeras possibilidades — Pistas da série Metroid que levam para o espaço sideral das Rainbow Roads levando a série para outro nível, ou uma pista de Kid Icarus que vai pelo submundo ardente. Se a franquia de Mario Kart estava, talvez, enfadada pela limitação do universo de Mario e alguns sets genéricos (montanhas com neve e tal), esse desenvolvimento abre a válvula de novidades. Enquanto que jogos rivais de kart como o Sonic & All-Stars Racing Transformed que se aproveitaram de franquias misturadas e desenhos de pistas sem limitações, a equipe da Nintendo esteve bem limitada em comparação a essas; não podemos fazer nada, a não ser olhar intrigadamente — como um resultado dessa nova liberdade recém encontrada — para o que está vindo com esses pacotes.

Da perspectiva da Nintendo, isso potencialmente abriu a porta para uma imensa roleta de dinheiro, e uma que pode acentuar a natureza 'sempre fresca' do título. Em suas semanas e meses iniciais Mario Kart 8 já havia vendido bem no mundo, mas como seu predecessor, ele carregará as esperanças da Nintendo de ser um vendedor consistente. Essas ofertas de DLC dão conteúdo extra e muita repercussão em intervalos regulares, com o lançamento em novembro do primeiro pacote chegando em um momento exato à frente da temporada de fim de ano, enquanto que o segundo pacote de maio chamará atenção para o primeiro aniversário do jogo. Se a Nintendo ir além dessas ofertas — até mesmo um Battle Pack cairia bem a longo prazo — então ela irá providenciar um momento único.

DLCs regulares podem fazer muito para que um jogo pareça mais uma plataforma, bem maior que um produto depois de poucos anos em relação ao primeiro dia, com um apelo bem mais amplo. Como já foi muito comentado antes sobre DLCs serem um fator presente em MK8, isso também ajuda o jogo de kart parecer mais um contemporâneo moderno do gênero de corrida; na mesma proporção que amamos masterizar as pistas originais, novos cursos, carros e personagens manterão o jogo à frente de nossas mentes quando, tipicamente, ele cairia quietamente e se tornaria um jogo ocasional em grupo.

A partir da perspectiva da Nintendo, isso é também uma lógica particular de uso de recursos. Não é segredo que a empresa e suas parceiras têm que produzir mais conteúdo do que nunca para o sistema dela, mas com o trabalho de base já feito na nova engine que dá vida ao MK8, o processo de desenhar novos stages é bem mais prático — pegue os jogos 2D do Mario, que são colocados juntos com ferramentas intuitivas internas que estão sendo repropostas para os gamers curtirem em Mario Maker. A empresa já destacou o quanto é desafiante a transição para o HD com o Wii U, que contribuiu para problemas e causou atrasos, e mesmo assim, isso deixou claro que poderíamos esperar que pequenas equipes pudessem dar um jeito nesse conteúdo de DLC.

Nosso ponto final sobre esse anúncio de DLC é que a Nintendo está disposta a oferecer um conteúdo impressionante para atrair os gamers; o fato de a Nintendo estar trabalhando muito para elevar as vendas é claramente para beneficiar a nós, os jogadores. O pacote individualmente ($7.99) tem valor sólido — com três personagens, quatro veículos e oito pistas cada — mas o pacote duplo custa apenas $11.99. Custando 1/4 do preço total de venda — quase que 1/5 nos EUA — haverá 16 pistas, oito veículos e seis personagens extras. A parte das 16 pistas é impressionante, já que isso é a metade da line-up típica da série, com a divisão comum de 50/50 — baseado no layout do jogo atualizado — entre rotas novas e retrôs. A Nintendo parece estar adaptando sua perspectiva de valor à realidade do mercado. O jogo já tem um conteúdo considerável, mas por um preço relativamente baixo, ele será expandido em muito até o mês de maio do ano que vem.

Como já deve ter notado, estou muito otimista sobre os planos de DLC da Nintendo para Mario Kart 8, e posso afirmar com razão que a equipe da Nintendo Channel está sorrindo à toa sobre o que veremos em novembro. Claro que não será assim com todos. Afinal, as opções do Battle Mode continuam a ser o ponto negativo do jogo. É difícil de ignorar, mesmo com essas novas pistas sendo usadas no Battle Mode, que a falta de arenas apropriadas só para esse modo é algo complicado de ser ignorado. Nem todo mundo é adepto a esses modos (eu, incluso), mas com certeza será uma fonte de lamentação, e um ponto negativo que será levado à risca por aqueles que só querem uma desculpa para não apontar o jogo como o melhor Mario Kart já desenvolvido.

Mas se você olhar para essa situação com a mente aberta, notará que é uma sacada corajosa da Nintendo, mudando o feel de uma das franquias mais icônicas ao abrir ela para outras IPs. Isso também aponta para um modelo potencial para outros jogos no futuro, expandindo experiências core com mais conteúdos para preencher lacunas em lançamentos recentes. O jogo New Super Luigi U foi um dos primeiros passos nessa direção. Os DLCs estão aumentando e ficando comuns para a Nintendo, e nós não esperávamos que essa fosse a última das franquias mais valorizadas a romper esse limite.

Um agradecimento especial à equipe do site Nintendo Life pela permissão de conteúdo junto ao site Nintendo Channel. (Special thanks for Nintendo Life team for letting us share this content in our Nintendo Channel site)