‘’ Os games sempre me ofereceram uma sensação de competência, e muitos outros sentimentos, apesar de ser algo superficial pra muitos foi algo que construiu meu carácter, angústia, desespero, medo, alegria, tristeza, cresceu comigo amadureci com eles muitos deles estão presentes em momentos da minha vida o tanto quanto meus entes queridos. Eu prezo por eles, e sinto que eles são especiais pra mim’’Piter Santos Batista – Narugami (membro do grupo N-verse)
Eu sei que você também pensa ou pensou assim em algum momento na sua vida. Esqueça aquela ideia comum de amor que você vê nos filmes e nos livros! Estamos falando aqui sobre um amor que compõe nossa personalidade, e que inspira nossa vida. Independente de qual é sua paixão, ou qual sua meta pra vida, você vai acabar escolhendo alguma coisa que vai amar acima disso tudo. Algo que completa a sua vida. No nosso caso, falando por todos que estão lendo este artigo, são os games. Ligar o console e colocar o primeiro jogo que você quiser jogar naquele dia, e com isso ficar absorvido na história o suficiente para se sentir parte dela. É como estar em um mundo completamente longe da realidade, e essa outra realidade é tão real quanto a atual.
Neste artigo, que pode ser grande o suficiente pra vocês quererem ler, eu reuni a experiência dos meus próprios amigos sobre isso. São pessoas fantásticas que conseguem explicar tudo o que sentem sobre esse assunto, que eu sei que é da mesma forma que todos aqui se sentem.
Tenho aqui a história de dois caras: Piter, que é um grande amigo viciado em um Wii U. E o Marcelo, outro grande amigo que é administrador da página Teoria do Cello em HD – dá um curte lá pro cara me ajudar na minha campanha -, fã de quadrinhos, filmes e jogos. Tanto para o Piter quanto para o Marcelo, os games se tornaram algo muito maior do que um passatempo. Se tornou parte da vida deles, algo que não dá para substituir.
Marcelo: ‘’Tenho 45 anos. Acompanhei o aparecimento e evolução de quase todos os consoles. Quando os games fundiram com os quadrinhos e esportes aí passaram a ter uma importância forte em minha vida, e não só um passatempo. Daí vieram os RPGS e passou a ser uma parte da minha vida. ‘’
Piter: ‘’Foram esses momentos que eu falei, de satisfação de dever cumprido, coisas que não alcancei tendo na vida real que um game me proveu, Entende? Conseguir resolver um puzzle difícil em Zelda, ser habilidoso o suficiente pra detonar um monstro em Monster Hunter, se aprofundar em uma história de um jogo de uma maneira que eu não consigo com um filme ou um livro!’’
Quando eu era criança, boa parte da minha vida foi dentro de casa com vídeo-games usados. Eu não tinha dinheiro ou recurso (e ainda não tenho) para poder ter os brinquedos que todas as crianças tinham na época, e muito menos ter o console do ano. Então, boa parte da minha vida foi em frente a consoles como SNES, PlayStation One, Nintendo 64 e um Game Boy da filha da vizinha. Mas a sensação que eu tive com essa vida foi muito mais especial do que qualquer outra sensação que eu tive com outras experiências. Eu finalmente pude ter um mundo onde eu podia fazer alguma coisa e me sentir especial com isso. Eu fazia parte de algo e todos os meus sonhos lá se tornavam realidade.
Piter: ‘’Eu cheguei a conhecer certos jogos tão bem quanto um melhor amigo meu, e não foi por terceiros foram encontros casuais! Não fui influenciado por outro gamer a jogar. Eu e o jogo nos descobrimos sozinhos. E essa é a relação que tenho com os jogos que mais amo! Zelda, Mario, Chrono Cross, Xenoblade, Monster Hunter...’’
Ter um mundo novo nas mãos e poder estar integrado a ele, talvez seja uma das melhores sensações que existem. E poder testar o limite das suas habilidades e perceber que você pode ser melhor a cada dia. Talvez não seja só isso o que os games nos proporcionaram, eles também nos ensinaram valores que muitas vezes, não conseguimos aprender na vida real.
Conseguimos aprender novas práticas e ciências, coisas que nunca conseguiríamos aprender na escola ou nos livros, porque não nos prendia a algo interessante. Boa parte dos gamers também só conseguiram se sair bem socialmente por causa dos games, onde você pode aprender de tudo um pouco, inclusive interação social. Afinal, quem pensa que um gamer é sozinho e solitário não conhece o modo multiplayer, online ou offline.
Eu sei que no fundo, você ter orgulho do que você gosta e manter por perto pessoas como você é importante. Sei que você vai querer pegar aquele jogo que mais marcou sua vida e mostrar para alguém muito especial pra você o porquê da importância. E ela entender isso será a coisa mais gratificante que você pode sentir! É nesse momento, e nos momentos em que estamos nos divertindo, que enxergamos que a felicidade está nas coisas que amamos, e nas coisas e pessoas que fazemos questão de deixar por perto. Compartilhar esse momento e essa paixão é o que nos dá mais prazer. E poder desfrutar de todos os segundos de um jogo, ou simplesmente poder ter tudo isso ao seu alcance é gratificante.
